Mentir no currículo: por que você deve evitar

Mentir no currículo: por que você deve evitar

Ao montar um currículo para se candidatar a uma oportunidade de trabalho, é normal que o profissional se empenhe em mostrar as melhores qualidades, as vastas experiências e de que formas ele poderia contribuir com a empresa que está oferecendo a vaga. Afinal, o currículo profissional é um cartão de visitas do candidato e uma das principais formas que o profissional tem para expor suas capacidades e objetivos. Infelizmente, também é comum que, na ânsia de causar uma boa impressão e conquistar a vaga, muitos candidatos acabem incluindo informações que não condizem com a realidade. Por mais arriscado que pareça, mentir no currículo ainda é uma prática frequente.

No entanto, engana-se quem pensa que inventar experiências ou exagerar habilidades são boas estratégias para obter vantagem e garantir a vaga de trabalho dos sonhos. Na verdade, mentir no currículo é o pior erro que um candidato pode cometer na hora de buscar por uma nova oportunidade no mercado de trabalho.

Isso porque os recrutadores costumam ter experiência de sobra para detectar possíveis mentiras e estão preparados para checar as informações contidas em um currículo a fim de confirmá-las (ou não). O resultado, caso você seja pego(a) mentindo no currículo, não é difícil de imaginar. Os candidatos que fazem isso costumam ser automaticamente eliminados de processos de seleção, além de terem sua reputação profissional fortemente abalada. Afinal, ficam conhecidos por mentir no currículo.

Para ajudá-lo(a) a escapar da furada que é mentir no currículo, apresentamos neste artigo as mentiras mais comuns e as consequências que elas podem causar em sua vida profissional. Vamos lá?

1. Formação acadêmica

Uma das mentiras mais comuns de se encontrar em currículos é citar cursos que, de fato, foram iniciados, mas que não chegaram a ser concluídos pelo candidato, sejam eles de graduação, extensão ou qualificação. Quem utiliza desta artimanha pensa estar dando um upgrade no seu currículo e o deixando mais interessante e “polpudo” aos olhos do recrutador. Porém, este é um dos tipos de mentira mais fáceis de serem checados e desmentidos.

Às vezes, o ato de mentir no currículo sobre o grau de escolaridade acaba sendo ainda mais ousado, com o candidato afirmando que realizou um curso ou obteve um grau específico sem que nunca tenha passado perto da instituição. Lembre-se de que passar informações falsas a respeito de MBAs, doutorados ou quaisquer outros títulos nunca obtidos é algo que pode depor contra você e causar uma imensa quebra de confiança do empregador.

2. Nível de fluência em idiomas

Dependendo da vaga à qual se está concorrendo, ter fluência em idiomas pode ser um diferencial que leva o candidato a sair na frente daqueles que não têm conhecimentos de um segundo ou até de um terceiro idioma. Por isso, muitos candidatos tendem a aumentar o real domínio que têm de uma língua estrangeira: de básico para intermediário, de intermediário para avançado, e assim por diante.

Obviamente, mentir no currículo também não é uma boa opção neste caso. Isto não apenas pela falta de ética, mas também por representar um risco enorme. Na primeira entrevista oral ou prova prática em que seja necessário mostrar seus conhecimentos na língua estrangeira, já será possível notar que há uma diferença entre seu real nível de conhecimento e aquele que você informou em seu currículo.

Procure ser claro a respeito das habilidades linguísticas que você possui. Caso você realmente não saiba qual o seu nível de proficiência em um idioma, o mais indicado é procurar alguma escola de línguas que aplique um teste capaz de identificar se o nível de conhecimento é básico, intermediário, avançado ou fluente.

3. Valores de salários anteriores

Não se engane achando que, ao mentir no currículo sobre o salário que você tinha em outra empresa, aumentando-o como forma de se valorizar e tentar negociar uma proposta por um valor mais elevado, você estará fazendo um bom negócio. Os profissionais de recursos humanos responsáveis por seleções de emprego normalmente conhecem bem a média salarial para cada cargo (isso quando não conhecem os valores específicos praticados por outras empresas) e podem facilmente perceber se a sua informação não corresponde à realidade.

4. Experiência profissional

Mentir no currículo sobre sua experiência profissional é, obviamente, outra péssima ideia, mesmo quando você pensa que está apenas aumentando "um pouquinho" a realidade. Uma prática comum e que é sempre mal vista pelos recrutadores é a de mencionar informações incorretas no que diz respeito a datas de início e término de contrato nas empresas pelas quais o candidato passou anteriormente.

Muitos candidatos alteram os períodos de permanência em um emprego por temer que a passagem por essa empresa tenha sido muito curta e a informação possa atrapalhar o seu desempenho na seleção. Da mesma forma, há candidatos que abreviam o intervalo entre um emprego e outro como forma de mostrar que não ficaram muito tempo afastados do mercado de trabalho.

Manipular datas, inventar experiências profissionais ou até mesmo maquiar as atividades que você executou em um determinado emprego podem ser ideias que, em um primeiro momento, têm poucas chances de dar errado. Mentiras como essas no currículo podem fazer com que você seja contratado, mas tão logo você precise comprovar alguma experiência ou habilidade fantasiosamente descrita em seu currículo, as mentiras tendem a ficar bastante claras. Isso pode acarretar em uma demissão sumária e, ainda por cima, deixar uma marca difícil de apagar em sua credibilidade profissional.

5. Motivos de demissões

Em primeiro lugar, é importante desconstruir a ideia de que ter sido demitido de um emprego anterior é algo necessariamente negativo para um currículo. Essa é uma situação normal no mercado de trabalho e que pode acontecer por mil e um motivos. Portanto, por si só, uma demissão não mancha um currículo.

Informe com honestidade as datas de admissão e desligamento de seus empregos anteriores e, na etapa da entrevista presencial. Caso seja questionado(a) sobre o motivo de ter saído de uma empresa, seja claro(a), porém discreto(a) sobre o motivo da demissão. Fale a verdade, mas evite falar mal da empresa anterior, ainda que a demissão tenha se dado de forma pouco cordial.

Finalizando

A melhor dica que você pode receber na hora de montar o seu currículo é: jamais informe algo que você não tenha como comprovar. Essa máxima vale para suas experiências profissionais anteriores e formação acadêmica, mas, acima de tudo, para as suas habilidades pessoais.

Por fim, lembre-se sempre: muito pior do que qualquer deficiência técnica ou de formação profissional que o candidato possa ter, é ter alguma mentira no currículo. A honestidade e a sinceridade estão entre as competências mais valorizadas em um candidato, e mentir no currículo pode colocar tudo a perder nesse sentido.

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